quinta-feira, 14 de maio de 2020

Opções


A situação está caótica para os idosos, todavia se ficarmos cá apenas a reclamar, tudo pode piorar.  Algumas situações fogem de nosso controle e devemos ter um mínimo de paciência para entender e aceitar esse estado de coisas.

Asim, podemos procurar saídas alternativas para fazer o tempo correr, sem que estejamos entediados ou a resmungar. Opções existem, basta procurar e escolher a que seja a melhor para cada um. Vejamos algumas delas, para exercícios físicos temos muitos tutoriais que são disponibilizados por profissionais até em grupos de WhatsApp. 

A leitura é sempre interessante, podendo ser um bom livro, uma revista técnica ou até mesmo de fofocas. Revistas são disponibilizadas na internet sobre assuntos os mais variados possíveis, como a jardinagem e paisagismo, veículos, literatura, notícias do mundo, construção e reformas, um sem número de opções.

A música é assunto muito interessante pela diversidade. O aprendizado de um instrumento musical é ofertado de forma gratuita por alguns profissionais e temos aplicativos que simulam um teclado até mesmo no celular. Ouvir antigos registros musicais, em CDs, assistir a DVDs de shows, pesquisar na internet, assistir às lives de diversos artistas nacionais e internacionais ou simplesmente cantarolar temas de nossa infância e juventude.

Cozinhar, aventuras no forno e fogão, doces e salgados, dar asas à inventividade, criar novos pratos, saborear novas iguarias. O duro aqui é ter que lavar a louça toda e arrumar a cozinha, mas faz parte do processo.

Rever, admirar, catalogar e criar álbuns com aquelas fotografias antigas, ainda na época do filme, das máquinas analógicas. Lembrar de viagens, familiares e amigos que há tempos não vemos, sentir uma saudade gostosa de entes queridos.

Opões existem, aos montes, dá para preencher o tempo na espera da volta à normalidade, se voltarmos a ela.

Agora, se você não consegue ficar sem pensar no voleibol adaptado, podemos fazer algo diferenciado. Uma bola de voleibol, uma boa música e você pode passar bons momentos com um exercício simples: imagine uma jogada, descreva mentalmente toda a dinâmica dessa jogada, cada um dos movimentos e os execute ordenadamente, no princípio bem devagar para fixar a movimentação e aumente a velocidade de execução aos poucos.

Apenas lembre-se da necessidade de um bom alongamento inicial e teremos uma variante muito interessante, música e exercício físico, como se fora uma dança.

saudações

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Elias Fausto



Equipe de Elias Fausto
FIMI 2019


A imagem pode conter: 12 pessoas, incluindo Joao Roberto Aranha

Equipe de Cubatão

 Confederação Brasileira de Esportes Adaptados à Terceira Idade.
 Finais em 2014
 Equipe masculina de Cubatão



Realidade




Nos anos 1950, a expectativa de vida não chegava aos 50 anos de idade e hoje a expectativa de vida no Brasil seja próxima dos 75 anos. Essa situação se deve a uma série de fatores sociais e econômicos e a população idosa hoje é de aproximadamente 30 milhões de pessoa.

O fato de termos maior longevidade projetada, aliado à constante baixa dos índices de natalidade, remete a uma situação já existente em vários países, o número de idosos supera o numero de crianças. Em algumas regiões tem-se que a população idosa é superior até mesmo que a população de crianças e pré-adolescentes.

A chamada terceira idade traz em seu bojo uma série de doenças pertinentes, como hipertensão, doenças cardíacas, diabetes entre outras e o aumento dessa população acarreta uma série de situações de risco para o sistema de saúde e previdência, como vemos hoje.

De outra parte, especialistas e pesquisadores apontam ser a atividade física uma das ferramentas adequadas para minorar os efeitos dessas doenças decorrentes. Assim, a melhoria da qualidade de vida dos idosos terá, por extensão, reflexo na situação do país como um todo, em termos sociais e econômicos.

De forma simples, o número de idosos cria um nicho específico para aqueles que trabalham com atividade física e, em pouco tempo, tornar-se-á o principal mercado de trabalho para os profissionais de Educação Física.

Dentro do universo de atividades físicas disponíveis deve ser ressaltado o voleibol adaptado à terceira idade, pela simplicidade e pelos efetivos ganhos proporcionados aos praticantes.

Que tenhamos jovens professores interessados nesse segmento de trabalho!
saudações


terça-feira, 12 de maio de 2020

PARADIGMAS



O idoso, no Brasil e na maioria do mundo, vive em função de paradigmas.
Paradigmas são modelos a seguir, comportamentos padrões para determinadas situações.
Assim, boa parte dos idosos, chegando à aposentadoria, passa a seguir os paradigmas criados e difundidos desde a metade do século passado.
Ocorre que nos anos 1950, a expectativa de vida não chegava aos 50 anos de idade e, talvez, seja esse o único paradigma rompido, hoje os velhinhos teimam em viver 75, 80 anos.
Um paradigma que deveria ser quebrado, o do conhecimento do idoso acerca de sua situação e posição no sistema social. Hoje somos mais de 30.000.000, isso mesmo, TRINTA MILHÕES de idosos, população superior à de muitos países.
O número de idosos supera a de crianças entre 0 e 12 anos e, em seis anos teremos mais idosos que crianças e adolescentes entre 0 e 12 anos.
O grande diferencial é que os menores, em termos eleitorais, não representam peso e nós, os idosos, representamos grande força eleitoral. Nós VOTAMOS, podendo definir uma eleição como a que se aproxima. Em toda e qualquer cidade o número de idosos é suficiente para eleger vereadores e pesar significativamente na eleição do prefeito.
Assim, sazonalmente, a cada quatro, anos renascem das tumbas os zumbis candidatos, gostam de dar tapinhas nas costas, palavras doces decoradas, promessas pasteurizadas, as mesmas da eleição passada. Eles se alimentam de nossos votos e nós, democraticamente, a eles ofertamos o precioso fruto, o voto.
Podemos mudar essa situação?
Certamente, mas para isso há a necessidade básica do idoso começar a quebrar paradigmas, pensar antes de votar, pesquisar as obras e atos de cada candidato voltados especificamente para os idosos.
Esse paradigma é difícil de ser derrubado, infelizmente.
Alguém já foi cercado por um zumbi candidato? A temporada começou.
Saudações livatianas


quinta-feira, 7 de maio de 2020

Social x Competição


Social x Competição

Muitos defendem a divisão da modalidade em dois segmentos, um dito social e outro dito competitivo.
Particularmente entendemos ser a sugestão inviável tecnicamente por dois fatores:
- é excludente e vai na contramão da própria definição de social pois fica implícito tratar-se de uma atividade de lazer, sem fulcro competitivo;
- o segmento competitivo pode, e deveria, ser melhor estudado e estruturado de forma a abrigar toda a gama de jogadores.
Isso pode ser obtido com a criação de faixas, ou séries, nas quais a competição se daria com equipes que se equiparassem. Jogos parelhos tornam o resultado, vitória ou derrota, algo que se dá em consequência do somatório de acertos e erros, não havendo equipe que entrasse em quadra previamente derrotada pela abissal diferença de qualidade técnica e tática.
Aqui vale lembrar que recentemente tivemos competições “de um time só”, nas quais sabia-se de antemão qual equipe seria a vencedora ao final, tamanha a disparidade de forças.
Também seria o momento de discutirmos as mudanças que se fazem devidas na regra original, todavia essa discussão deve ter por égide tornar a competição mais parelha na eterna discussão ataque x defesa. Aqui apenas lembramos que o voleibol indoor passou por alterações nas regras visando esse equilíbrio, bastando para tal simples vista d´olhos sobre a evolução do bloqueio e a criação da figura do líbero, eminentemente defensiva, entre outras.
Destarte, temos que a modalidade atravessa um período diferenciado, não diríamos negro, o cancelamento do JOMI 2020 é um exemplo. Todavia, desse período poderemos ter ideias e iniciativas que mudem o rumo e o prumo do voleibol adaptado, contemplando efetivamente o idoso comum do povo, aquele que contribuiu, e contribui, socialmente por décadas e que tem direitos e prerrogativas previstas em documentos legais.
De forma simples e objetiva, inclusão é a palavra de ordem.
saudações