sexta-feira, 24 de julho de 2015

tempo

TEMPO
"O tempo, o tempo é versátil, o tempo faz diabruras, o tempo brincava comigo, o tempo se espreguiçava provocadoramente, era um tempo só de esperas, me guardando na casa por dias inteiros."
                                                                         William Shakespeare

Quem lembra da peça publicitária, cantada pelo conjunto 3 do Rio, que dizia assim : “O tempo passa, o tempo voa e a poupança Bamerindus continua numa boa”. Passou o tempo, passou o banco e nós continuamos.
Façamos do tempo um aliado.
Marcos Rey, em sua obra “O Enterro da Cafetina” cria interessante simbologia para o tempo, traçando a comparação “...recordou os tempos de solteiro simbolizados em duas redondas pizzas napolitanas.” .
Para os praticantes do voleibol adaptado a simbologia do tempo está relacionada à bola, que nos leva a vitórias impossíveis e a derrotas inexplicáveis.
A bola, que teimosamente insiste em cair dentro da quadra, após roçar na rede e nos tirando da jogada. Maldosamente pode quicar sobre a linha, enquanto nos esforçamos para recuperá-la.
A bola que conseguimos lançar num cantinho desguarnecido, pontuando, um ponto importante para nossa equipe.
A bola representa a nossa rebeldia e a nossa liberdade de escolhas, podemos fazer aquilo sonhado por muito tempo. A bola simboliza o tempo e o mundo.

Façamos da bola e do tempo nossos companheiros.

domingo, 12 de julho de 2015

A MELHOR IDADE ???

Melhor idade

Luiz Felipe Pondé em sua obra “Os Dez Mandamentos (+ um)” traz interessante colocação acerca dos idosos.

 “... A modernidade finca suas raízes na crença de que nossos antepassados eram guiados pela ignorância e por superstições, já que a eles faltava o conhecimento científico (essa é, aliás, a causa da brutal desvalorização moderna do passado e dos idosos, apesar de tentarmos negá-la com ideias ridículas, como “a melhor idade”. ...”

O texto acima, personalíssimo, revela um ponto específico dos problemas da terceira idade e, por extensão, dos idosos de maneira genérica, o desconhecimento acerca de nossa realidade e esse desconhecimento não é exclusividade dos mandatários do país mas, também, dos idosos e se traduz no conformismo com que são aceitas ideias, situações e proposituras absurdas, que são absorvidas diariamente, desde o relacionamento familiar, na comunidade e no emprego.

Das estatísticas oficiais, que não podem ser contestadas pelos governantes, temos que os idosos, hoje, já são em maior número que as crianças de 0 a 6 anos de idade. Em cerca de 10 anos nossa população será maior que a dos infantes e dos adolescentes com até 14 anos de idade e, no andar da carruagem, os idosos serão a maior parte da população em cerca de 30 anos.

O processo de inflexão das curvas não é fenômeno novo e resulta no envelhecimento de um país. Na Suécia esse processo teve um ciclo de 50 anos, período em que ocorreram adaptações legais, tributárias, entre outras, para o devido enfrentamento de uma situação irreversível.

Tal processo é objeto de estudos há mais de 50 anos, podendo ser conhecido se observarmos os cuidados e as ações tomadas por países como o Japão e a Suécia para tratar com dignidade os idosos. As ações envolvem um operante e eficiente sistema de saúde pública e políticas voltadas para o planejamento de atividades que visem a efetiva inclusão social do idoso.

A motivação para tais políticas é por demais simples, o envelhecimento é parte do ciclo de vida e traz consigo uma série de situações desfavoráveis para a saúde do idoso, isso resulta que o idoso custa mais, em termos de saúde, para o Estado. Simples e objetivo. Assim, para que os custos sejam menores, há a necessidade de que o sistema oficial busque alternativas para a melhoria da qualidade de vida do idoso.


O Brasil, como sempre, é um caso à parte. A situação existente é fruto da ação de uma série de fatores, entre eles o descaso oficial e o ciclo com duração muito mais curta, cerca de 30 anos, inexistência de políticas públicas eficientes desaguaram na baixíssima remuneração na aposentadoria e na falência do sistema de saúde e de previdência.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

ESPORTE NA TERCEIRA IDADE

Parafraseando Euclides da Cunha, o idoso é, acima de tudo, um forte. A pessoa idosa que ainda pratica esporte é mais forte ainda.

O esporte, a competição exige que limites sejam vencidos e isso torna o idoso mais forte. Forte, pois após contribuir para a sociedade durante uma vida e de se ver dentro de uma sociedade que não se preparou para a atual população de idosos, sem a qualidade de vida que lhe é direito pela legislação, o idoso se predispõe a praticar um esporte.

Forte, pois aquele que é dotado de um mínimo de percepção percebe que, em boa parte dos casos, somos apenas joguetes nas mãos de pessoas que não conhecem ou não querem conhecer a realidade do idoso. Assim, o esforço dos idosos não é devidamente valorizado e, por extensão, o mesmo acontece com os profissionais de Educação Física que conosco trabalham.

Esporte na Terceira Idade não é brincadeira de “passa anel”, exige respeito, conhecimento, especialização. O segmento, como nicho de trabalho, é muito importante e muitos acadêmicos desenvolvem trabalhos, dentro do rigor científico, buscando elencar os ganhos, considerados os parâmetros de qualidade de vida, que a prática esportiva traz para a Terceira Idade.

Apenas uma citação, de um trabalho muito interessante, ela está na página principal de nosso site :
"Algumas atividades físicas e/ou esportivas têm sido constantemente direcionadas à população idosa. Entre elas, está o voleibol, que atualmente é chamado de voleibol adaptado ao idoso ou à terceira idade. Essa modalidade, assim como outras, tem sido considerada de grande importância para a manutenção da capacidade do idoso, pois desenvolve a lateralidade, a amplitude articular, a flexibilidade, o espírito de equipe, a coletividade e o cooperativismo, proporcionando uma melhor qualidade de vida e a reintegração social." (Branquinho, Lopes e Fécchio; 2006.

Assim, de forma objetiva, temos a lamentar a posição de pessoas, profissionais, responsáveis pela viabilização do esporte competitivo para a Terceira Idade que pensam e agem como se fôssemos estorvo. O absurdo se torna maior ao contemplarmos a história do JORI, sendo São Paulo um exemplo para todo o país no incentivo do esporte pelo idoso.

Terceira Idade é força e quando soubermos da dimensão de nossa força, talvez possamos mudar algo.

Saudações a todos


domingo, 22 de fevereiro de 2015

REGRAS JORI 2015


As regras do Voleibol Adaptado à Terceira Idade para os Jogos Regionais do Idoso - JORI - 2015, foram publicadas pela SELJ no Diário Oficial de 04 / 02 / 2015 e retificadas em 21 / 02 / 2015, com, basicamente, duas alterações inseridas.

A primeira alteração diz respeito ao toque na rede e as nossas regras ficam alinhadas com as regras do voleibol tradicional e, agora, o toque em qualquer parte da rede passa a ser considerado como falta. Simples adequação do texto.

A segunda alteração remete a grande mudança no comportamento dos atacantes, que vindos das posições de defesa, dentro da zona de ataque, continuavam a atacar indiscriminadamente. Tal situação era contemplada como irregular nas regras do voleibol tradicional mas teimavam em acontecer e geravam muitos motivos para reclamações.
O texto para 2015 traz, de forma clara e inequívoca, que os jogadores ocupantes das posições chamadas de defesa (posições 1, 5 e 6) e estando dentro da zona de ataque (linha dos 3 metros) somente poderão jogar a bola para a quadra adversária em movimento de cima para baixo e estando a bola abaixo da linha dos ombros. Assim, fica uma situação discutível resolvida pelo texto da regra.

De forma, os atacantes e os bloqueadores deverão estar atentos ao movimento dos braços e do corpo como um todo, buscando não propiciar o toque em qualquer parte da rede. De outra parte, acaba o ciclo de equipes jogarem com apenas um atacante.

Os JORIs terão início em abril e as equipes já estão em treinamento para as competições. Em março deverão ter início os campeonatos das Ligas Regionais.

Saudações a todos