sábado, 17 de dezembro de 2016

Só para altos ??

No decorrer do ano, assistimos e participamos de um grande número de jogos de voleibol adaptado em todo o Estado. Conversamos, para variar, com muitos atletas, sendo fácil observar que há grande desânimo com relação ao futuro de nosso esporte.

As razões para tal situação são várias e trataremos de algumas delas cá neste espaço, em doses homeopáticas. Os reclamos vão desde a elaboração do texto das regras, de redação ambígua e, por vezes não raras, confusas. Reclamos também relacionados às alterações efetuadas nas regras, em torneios de ligas diferentes, como o salto "funcional". E por aí vai.

Trataremos hoje do foco primordial do voleibol adaptado, a participação de idosos voltada para a qualidade de vida e o contexto atual das regras, que priorizam os atacantes.

Observem o inteiro teor das regras do voleibol adaptado, acontece que poucos se dão ao cuidado de observar que as regras, em verdade, são as que norteiam o voleibol de quadra tradicional e que nos textos apresentados acham-se contempladas apenas as exceções ás regras do voleibol indoor. Assim, de forma clara, a maioria dos praticantes do voleibol adaptado não conhece as regras do seu esporte.

Continuem em leitura atenta e observem que nas entrelinhas as regras atuais privilegiam a ação dos atacantes e, principalmente, os atacantes de boa estatura. Bola na mão do atacante, dois passos e .... porrada. Dois passos e ... "cravada" na linha dos 3 metros. De prático, temos que aos defensores, os "baixinhos", é reservado o sagrado papel de saco de pancadas.

Algumas regras ainda permitem que o atacante, na movimentação de ataque, tire os pés do chão, no chamado impulso e aí a coisa complica ainda mais para os defensores.

O que se propõe é que sejam alteradas as regras, de forma a propiciar a efetiva participação de todos os atletas, que sejam elaborados textos claros e objetivos, que o parágrafo primeiro do Regulamento do JORI seja observado, que os assuntos do voleibol adaptado e de outros esportes adaptados à terceira idade sejam tratados por profissionais que estejam envolvidos com o processo e podemos citar grande número de profissionais que atendam ao requisito.

As regras apresentadas a cada início de ano são, sempre, a base a ser empregada por todas as ligas regionais. Isso posto, seria muito difícil a Secretaria de Esportes e o Fundo Social de Solidariedade ouvirem aqueles que são os maiores interessados no assunto ? Parece que sim, são anos de reclamações e sugestões e cada janeiro ou fevereiro são repetidas as mesmas falhas, as mesmas correções, eternas repetições.

Saudações

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Básico

Todo praticante de voleibol adaptado quer ser um bom jogador, seja atacante ou defensor. Isso é possível, desde que sejam seguidos alguns ritos.

Conhecer as regras, parâmetro básico, pois para a prática adequada de um esporte há que se conhecer as regras que regem tal esporte, qualquer que seja. No voleibol adaptado é difícil acontecer, vez que a maioria dos atletas tiveram pouca, ou nenhuma, experiência com esportes de regras tão detalhadas quanto o voleibol.

Treinar à exaustão, repetir e repetir cada fundamento do esporte. Domínio de bola, recepção, passe, ataque, defesa, posicionamento, trocas. A bola deve ser muito bem tratada. Ah .... não se chuta bola de voleibol.

Acrescentar o jogo conjunto, o erro individual gera perda coletiva. Um time é formado por seis jogadores, mais os atletas reservas e técnico. Todos jogam juntos, entrar, ou não, em quadra faz parte do processo.

Saber ganhar e perder. Respeito aos colegas e adversários é fundamental.  Ninguém ganha jogo sozinho, ainda que alguns assim pensem, são os super, híper, mega-atletas. Nesse caso, os técnicos deveriam dar as seis camisas para o estrela e “ponha” para ganhar o jogo sozinho. Ao lado de cada atleta estão, ao menos, cinco companheiros e do lado adversário, seis outros atletas. Todos buscam a vitória e os times muito mais fracos não podem ser menosprezados. Simples assim.

Saudações.


sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Só que não

Só que não.

É muito fácil jogar bem o voleibol adaptado. Só que não.
As regras são simples, pouco mais de 20 artigos, é prazeroso praticar mas as facilidades começam e aí terminam.

Poucos atletas conhecem as regras do voleibol adaptado. Elas são poucas, em termos, pois na realidade aquilo que é divulgado como a totalidade das regras é, simplesmente, o conjunto das exceções, das diferenças entre o voleibol tradicional, indoor, e o nosso voleibol. E aí a porca começa a torcer o rabo, pois para praticarmos bem um esporte e em competições, devemos conhecer as regras que regem o esporte. Certo e sabido.

Destarte, o que se vê nos jogos é a materialização do desconhecimento. Reclamações e discussões sem quaisquer embasamentos técnicos. No JORI chegamos a ver absurdos, erros crassos cometidos por atletas e por técnicos.

De outra parte, a competitividade exacerbada, a necessidade de obtenção de resultados, entenda-se, vitórias fazem com que, pouco a pouco, o voleibol adaptado à terceira idade vá perdendo um pouco do romantismo, das origens, quando a preocupação mais efetiva era a prática de esporte como forma de ganho em qualidade de vida.

Enfim, o atual estágio do nosso esporte ainda propicia muita coisa boa, interessante, a mistura das torcidas, o congraçamento.


saudações