segunda-feira, 20 de maio de 2019

TEMPO

"Tudo é precioso para aquele que foi, por muito tempo, privado de tudo.
                                                                                             Friedrich Nietzsche

O tempo segue o seu ritmo, seu pulsar, sempre, sem importar-se com o que esteja a acontecer.

Em seu ritmo, por vezes nos parece demasiadamente lento.
Minutos parecem horas e as horas parecem um dia.
Em outras vezes, parece demasiadamente célere.
Um dia parece ser uma hora, horas parecem minutos.

O tempo se apresenta de conformidade com a nossa ansiedade, parece observar a natureza e a intensidade da nossa ansiedade.

Nossa jornada, caminhada, também se mede pelo tempo, agora em décadas.
Seis, sete, oito décadas muito significam em termos de ganho de experiência, de sabedoria.
A sabedoria não necessita ser douta, a sabedoria dita popular tem a mesma importância e, ambas, se revelam na forma de criação dos filhos, da transmissão de valores, no tratamento com o semelhante.

Em muitas culturas essa sabedoria adquirida ao longo da jornada é reverenciada, os anciãos são considerados como pessoas especiais às quais se recorre para a solução de problemas ou pendengas. São os conselhos dos anciãos.

Mas o que temos nós ?
Uma sociedade imediatista, com perda significativa de valores fundamentais, que embasam um relacionamento harmonioso.
Por vezes não raras observamos que o idoso é tido como um estorvo, como um fardo na sociedade e, até mesmo, dentro da sua célula familiar.

O que o idoso reclama, o que ele precisa?
Respeito, parâmetro fundamental, simples assim.

domingo, 12 de maio de 2019

super times

A cada ano aumenta o contingente de descontentes com a formação dos chamados "super times", obviamente não estaremos cá a discutir as motivações, se é certo ou errado, apenas teceremos um comentário acerca de duas possibilidades.

O fato de uma cidade ter uma equipe recheada de atletas oriundos de outras cidades depende de uma série de fatores que dependem da filosofia da cidade, do treinador, do grupo de atletas e, ainda, de cada atleta isoladamente. 

O atleta que joga por outro município, a nosso ver, está a exercer um direito seu, simples assim.

Todavia, temos duas vertentes:

- as ligas ou assemelhados são empresas privadas que organizam os campeonatos e, destarte, a elaboração do regulamento e a adequação de regras é inerente a cada uma em particular, sem que haja intervenção oficial;

- o JORI, por sua vez, é organizado por órgão público oficial, custeado por verbas públicas e podem ser criados mecanismos que barrem ou, ao menos, dificultem a criação dos super times. Isso se houver motivação e reclamos tidos como embasados.

Uma forma simples seria a adoção de regra assemelhada à da utilizada pela CBV nos campeonatos da Superliga C. Seria uma adaptação que contemplaria o espírito legal da problemática.

A ideia é mais ou menos assim: como existe um cadastro na Secretaria de Esportes voltado especificamente para o JORI, num ano cada município deve manter no elenco 9 (nove) atletas inscritos no ano anterior. Se em 2020 o município foi defendido por uma seleção de atletas, excelente, em 2021 da relação devem constar 9 (nove) atletas inscritos em 2020. Não eliminaria mas dificultaria a criação de grandes equipes.

E se os atletas da equipe criada treinam e jogam juntos? Melhor ainda, haverá continuidade no trabalho.

Caso alguns atletas mudem ao mesmo tempo de faixa, por vezes não raras isso acontece, o fato seria demonstrado por documentos apresentados a tempo. Tudo se resolve.

saudações

quarta-feira, 8 de maio de 2019

ESPECIALIZAÇÃO

Se observarmos a atual configuração do voleibol dito tradicional (indoor) temos ser ela o resultado final de grandes modificações inseridas desde os meados do século passado e, sobremaneira, nos últimos 30 anos.

Assim, o voleibol indoor atingiu níveis altíssimos de especialização, bastando para tal a simples observação de usarem, efetivamente usarem, dois líberos em instantes diferentes da partida. Um deles atua quando a equipe tem a posse de bola (saque), o outro atua quando a equipe recepciona o saque. Temos os ponteiros que atuam melhor na entrada ou na saída de rede, o oposto vindo de trás e os centrais em bolas específicas.

Se tomarmos nossa modalidade como cenário, temos que algumas equipes fazem trocas sistemáticas de forma a ter cada atleta na posição em que ele mostra maior rendimento, seja na 1 ou na 5, ou na 6 (pivô), os atacantes podem, e devem, escolher a posição em que se acham melhor, com melhor aproveitamento.

Num treinamento na semana passada, o grupo que estava em quadra trabalha junto há mais de 12 anos e ao ser realizado um saque, cada qual procurou a posição que normalmente ocupa, visando o melhor rendimento. Ao final do set isso foi comentado e gerou brincadeiras várias.

Há que ser lembrado que esse nível de entrosamento não acontece de repente, numa juntada só, alguns fatores são primordiais para o resultado obtido. O grupo deve treinar junto sempre, cada qual deve estar ciente de suas qualidades e limitações, alguém deve ser responsável dentro de quadra pelas palavras de ordem, coisas que só acontecem com muito conhecimento.

Outro fator a ser destacado é o trabalho do técnico, orientando cada um dentro daquilo que ele observou e avaliou, exigir posturas definidas dentro das táticas adotadas. 

Quando se fala que há grandes diferenças técnicas entre equipes, não estamos cá a apresentar críticas negativas, é simples constatação e essas diferenças apontadas podem estar relacionadas ao nível de entrosamento e desenvolvimento da modalidade naquela cidade ou equipe.

saudações