Friedrich Nietzsche
O tempo segue o seu ritmo, seu pulsar, sempre, sem importar-se com o que esteja a acontecer.
Em seu ritmo, por vezes nos parece demasiadamente lento.
Minutos parecem horas e as horas parecem um dia.
Em outras vezes, parece demasiadamente célere.
Um dia parece ser uma hora, horas parecem minutos.
O tempo se apresenta de conformidade com a nossa ansiedade, parece observar a natureza e a intensidade da nossa ansiedade.
Nossa jornada, caminhada, também se mede pelo tempo, agora em décadas.
Seis, sete, oito décadas muito significam em termos de ganho de experiência, de sabedoria.
A sabedoria não necessita ser douta, a sabedoria dita popular tem a mesma importância e, ambas, se revelam na forma de criação dos filhos, da transmissão de valores, no tratamento com o semelhante.
Em muitas culturas essa sabedoria adquirida ao longo da jornada é reverenciada, os anciãos são considerados como pessoas especiais às quais se recorre para a solução de problemas ou pendengas. São os conselhos dos anciãos.
Mas o que temos nós ?
Uma sociedade imediatista, com perda significativa de valores fundamentais, que embasam um relacionamento harmonioso.
Por vezes não raras observamos que o idoso é tido como um estorvo, como um fardo na sociedade e, até mesmo, dentro da sua célula familiar.
O que o idoso reclama, o que ele precisa?
Respeito, parâmetro fundamental, simples assim.