Esperamos que as mudanças do voleibol tradicional, como a obrigatoriedade da recepção do saque apenas por manchete deverá trazer algum ganho em termos técnicos, por ser mais complexo o gesto técnico da recepção agora obrigatória.
No voleibol adaptado para a Terceira Idade, a nosso ver, poderia ser proibida a questão dos saltos, ainda que para bloqueio, buscando maior segurança para o idoso. Os saltos do fundo de quadra são inócuos, a relação custo / benefício é muito baixa, ou seja, o número de pontos obtidos é muito pequeno em relação aos erros cometidos. Se pensarmos em equipes de ponta, as defesas praticamente neutralizam tal situação.
Neste ano ficou evidenciada a evolução de atletas, em especial do feminino, que em função da rede mais baixa passaram a atacar, gerando interessantes situações como as "cortadas", sem que as atletas tirassem os dois pés do chão.
Outro elemento a ser estudado poderia ser a redução da pressão da bola, passando para 3,5 psi, como foi empregada pela Liga Sanjoanense em seu campeonato deste ano.
Em termos pessoais, certamente, não concordo com o chamado "gerovolei", como disputado no litoral sul paulista, por entender que se trata de modalidade que estimula o idoso a saltar e não adianta dizer que o atleta salta se quiser, que é opcional, quem tem um mínimo de vivência no meio do idoso sabe que uma das características é a de vencer limitações, somos "forever young".
Que as luzes das festas iluminem as idéias de quem tem o poder de definição e que se crie um regra única, válida para todas as regiões do Estado, como as dos JORIs, acabando com adaptações regionais, afinal todos os anos as equipes são obrigadas, ao menos um vez, a utilizar regra única. Aqui no planalto a Associação Pró Voleibol, a Liga Sanjoanense, a Copa de Águas de São Pedro, são campeonatos desenvolvidos ao longo de todo o ano e usam as mesmas regras e temos muitos exemplos de atletas que participam dos três campeonatos e a única preocupação é "contra quem jogar". Há equipes que participam de dois campeonatos, como São Pedro, São João da Boa Vista e o Regatas de Campinas, exatamente por serem as mesmas regras.
Se tomarmos por base os resultados dos JEIs nos últimos dez ou doze anos, temos que a supremacia das equipes que jogam durante todo o ano com uma regra única é inconteste. Essa diversidade de regras gera um situação que desrespeita o idoso, em algumas localidades os treinos se desenvolvem, numa mesma semana, com duas ou três regras diferentes, o idoso deixou de ser o foco do esporte, as conveniências e veleidades pessoais estão a se sobrepor.
A Associação Pró Voleibol e a Liga Sanjoanense já deram a largada para a temporada 2013, agendando congresso técnico e reciclagem de árbitros, esperamos notícias de outras entidades, para dar publicidade.
Que 2013 seja especialmente iluminado.
