sábado, 14 de dezembro de 2013

FUTURO

A cada nova edição dos JORIs e do JAI uma impressão se torna mais evidente, a realização dos jogos se apresenta como um fardo difícil de carregar e a manutenção das competições se dá com base em critérios meramente políticos.

Há flagrante dicotomia entre o que está explicitado no artigo inicial do Regulamento de nossas competições: "art. Primeiro - Os JORIs, ...... têm por objetivos valorizar e estimular a prática esportiva, como fator de promoção de saúde e bem estar, resgatando a auto estima para melhor convívio social das pessoas idosas.". 

Tecnicamente muito bonito, se obedecido fosse e se, ao menos, fosse lido pelos senhores organizadores. Nossa afirmativa tem por embasamento um sem número de pontos, dos quais apresentaremos apenas alguns.

Como podemos falar em resgate de auto estima, saúde, bem estar, convívio social, se:

- os idosos são alojados de forma absolutamente precária;
- os horários são absurdos e, neste ano, um dos boletins de JORI trazia a pérola, que os jogos de tênis de campo ocorreriam a partir das 13 horas. Sandice, o idoso almoça e, na sequencia, vai disputar uma partida de esporte que se caracteriza pela movimentação e com o sol a pino;
- as regras são interpretadas a bel prazer, variando de local para local;
- arbitragem despreparada e desinformada, obviamente com exceções, sendo que o elemento interpretativo se tornou personalíssimo;
- o idoso treina por todo o ano, duas ou três vezes por semana, para chegar ao JORI, jogar apenas uma vez e ...... voltar para casa. Essa situação se revela mais absurda se considerarmos que as delegações chegam ao local na quarta-feira e, por vezes não raras, os jogos do voleibol se iniciam na sexta-feira. Seria pedir demais a abertura na quarta-feira, equipes em chaves para classificação e jogos a partir da quinta-feira, acreditamos que não seja.

O Estado de São Paulo tem 645 municípios, a maioria participando dos JORIs e, no caso específico do voleibol adaptado, a grande maioria das equipes têm por objetivo a participação do conjunto do grupo. As equipes de ponta, efetivamente competitivas, que buscam as medalhas não perfazem 10 % do total e a diferença de qualidade se faz notória no JAI, em que se reúnem os dois melhores colocados de cada edição dos JORIs e, mais, a cidade sede.

No JAI a maioria das partidas da fase classificatória se dá entre equipes díspares, com grande diferença de qualidade mas isso pouco ou nada importa, os atletas apenas querem mostrar o seu jogo pois, afinal, somos campeões ou vice-campeões de um JORI.

Neste momento não vamos entrar no mérito das regras, grotesca adaptação das regras do voleibol tradicional, indoor, parecendo existir leniência, ou preguiça, para que alguém escreva umas vinte páginas específicas para o nosso esporte. Acredito que grande número de idosos atletas e professores de Educação Física se prestariam a tal mister, desde que consultados fossem.

Urge a necessidade de que os organizadores e mantenedores dos JORIs e JAI deixem de se enclausurar numa redoma como detentores do saber pois, em nosso entendimento, os NOSSOS jogos deveriam ser organizados POR NÓS e PARA NÓS.

Simples assim.

Saudações

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