Parafraseando Euclides da Cunha, o idoso é, acima de tudo, um
forte. A pessoa idosa que ainda pratica esporte é mais forte ainda.
O esporte, a competição exige que limites sejam vencidos e isso torna
o idoso mais forte. Forte, pois após contribuir para a sociedade durante uma
vida e de se ver dentro de uma sociedade que não se preparou para a atual
população de idosos, sem a qualidade de vida que lhe é direito pela legislação,
o idoso se predispõe a praticar um esporte.
Forte, pois aquele que é dotado de um mínimo de percepção
percebe que, em boa parte dos casos, somos apenas joguetes nas mãos de pessoas
que não conhecem ou não querem conhecer a realidade do idoso. Assim, o esforço dos idosos não é devidamente valorizado e, por
extensão, o mesmo acontece com os profissionais de Educação Física que conosco
trabalham.
Esporte na Terceira Idade não é brincadeira de “passa anel”,
exige respeito, conhecimento, especialização. O segmento, como nicho de
trabalho, é muito importante e muitos acadêmicos desenvolvem trabalhos, dentro
do rigor científico, buscando elencar os ganhos, considerados os parâmetros de
qualidade de vida, que a prática esportiva traz para a Terceira Idade.
Apenas uma citação, de um trabalho muito interessante, ela está
na página principal de nosso site :
"Algumas atividades físicas e/ou esportivas têm sido
constantemente direcionadas à população idosa. Entre elas, está o voleibol, que
atualmente é chamado de voleibol adaptado ao idoso ou à terceira idade. Essa
modalidade, assim como outras, tem sido considerada de grande importância para
a manutenção da capacidade do idoso, pois desenvolve a lateralidade, a
amplitude articular, a flexibilidade, o espírito de equipe, a coletividade e o
cooperativismo, proporcionando uma melhor qualidade de vida e a reintegração
social." (Branquinho, Lopes e Fécchio; 2006.
Assim, de forma objetiva, temos a lamentar a posição de pessoas,
profissionais, responsáveis pela viabilização do esporte competitivo para a
Terceira Idade que pensam e agem como se fôssemos estorvo. O absurdo se torna maior
ao contemplarmos a história do JORI, sendo São Paulo um exemplo para todo o
país no incentivo do esporte pelo idoso.
Terceira Idade é força e quando soubermos da dimensão de nossa
força, talvez possamos mudar algo.
Saudações a todos