quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

PRESSA SEM PRESSA

" Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo ".     (José Saramago)

Durante anos se discute o que deve ser mudado na estrutura dos JORIs, do JAI e nas regras do voleibol adaptado à terceira idade e, sem termos pressa, o tempo passa e continua a passar.

Já passa do tempo das mudanças porém é necessário que haja um mínimo de união e de interesse, para não fazermos o papel de velhos ranhetas e ranzinzas.

Há necessidade de mudar-se?  Sem dúvida há, mas o que conseguimos? Nada, não temos, sequer, representatividade no colegiado que define as regras e repete os erros a cada ano. Paremos de reclamar e arregacemos as mangas, vamos exigir, isso mesmo, exigir dos senhores técnicos e das prefeituras que as mesma passem a reivindicar melhor tratamento aos idosos, técnicos e atletas são as estrelas da festa e não coadjuvantes, que aparecem de lado nas fotos, focadas sempre nas figurinhas carimbadas, políticas e faces tratadas com óleo de peroba.

Seria interessante ver os "aspones" dos governos estadual e municipais terem que frequentar e dormir nos alojamentos ofertados ou, ainda, suprema vingança, comer a refeição que foi anunciada com todas as pompas ao início de 2013.

Todos nós passamos dos sessenta anos, alguns poucos e outros passaram muito, então não tenhamos pressa, mas não percamos tempo, a hora é agora. Já pensaram, em ano eleitoral como 2014, a imprensa ávida por notícias publicar que cidades e atletas estarão a boicotar os JORIs como forma de protesto ao tratamento que nos é dispensado?
Esqueçam tal situação, ela apenas ocorrerá se partir de atletas e técnicos, estes com ação muito limitada em função de vínculos profissionais. Pensar em prefeitos dando razão aos reclamos, isso é inimaginável.

Proponho que, inicialmente, lutemos por várias cadeiras, ou assentos, no comitê que resolve os destinos do JORI e JAI, participando ativamente da elaboração de regras e fiscalização das condições de desenvolvimento dos Jogos em cada uma das sedes. 
Devemos apresentar regras mais reais para o voleibol e devem ser ouvidos os senhores técnicos que se mostrem preocupados e dispostos a colaborar e, certamente, há um grande grupo deles.

Um dos elementos que nunca é considerado é a nossa importância dentro da sociedade econômica atual, isso é o que vale, alguns municípios sabem de nossa importância no processo de geração de divisas e investem na melhoria da qualidade e vida e essa política deveria ser naturalmente implantada em todos os municípios. Pesquisem os nossos números e terão surpresa.

saudações

sábado, 14 de dezembro de 2013

FUTURO

A cada nova edição dos JORIs e do JAI uma impressão se torna mais evidente, a realização dos jogos se apresenta como um fardo difícil de carregar e a manutenção das competições se dá com base em critérios meramente políticos.

Há flagrante dicotomia entre o que está explicitado no artigo inicial do Regulamento de nossas competições: "art. Primeiro - Os JORIs, ...... têm por objetivos valorizar e estimular a prática esportiva, como fator de promoção de saúde e bem estar, resgatando a auto estima para melhor convívio social das pessoas idosas.". 

Tecnicamente muito bonito, se obedecido fosse e se, ao menos, fosse lido pelos senhores organizadores. Nossa afirmativa tem por embasamento um sem número de pontos, dos quais apresentaremos apenas alguns.

Como podemos falar em resgate de auto estima, saúde, bem estar, convívio social, se:

- os idosos são alojados de forma absolutamente precária;
- os horários são absurdos e, neste ano, um dos boletins de JORI trazia a pérola, que os jogos de tênis de campo ocorreriam a partir das 13 horas. Sandice, o idoso almoça e, na sequencia, vai disputar uma partida de esporte que se caracteriza pela movimentação e com o sol a pino;
- as regras são interpretadas a bel prazer, variando de local para local;
- arbitragem despreparada e desinformada, obviamente com exceções, sendo que o elemento interpretativo se tornou personalíssimo;
- o idoso treina por todo o ano, duas ou três vezes por semana, para chegar ao JORI, jogar apenas uma vez e ...... voltar para casa. Essa situação se revela mais absurda se considerarmos que as delegações chegam ao local na quarta-feira e, por vezes não raras, os jogos do voleibol se iniciam na sexta-feira. Seria pedir demais a abertura na quarta-feira, equipes em chaves para classificação e jogos a partir da quinta-feira, acreditamos que não seja.

O Estado de São Paulo tem 645 municípios, a maioria participando dos JORIs e, no caso específico do voleibol adaptado, a grande maioria das equipes têm por objetivo a participação do conjunto do grupo. As equipes de ponta, efetivamente competitivas, que buscam as medalhas não perfazem 10 % do total e a diferença de qualidade se faz notória no JAI, em que se reúnem os dois melhores colocados de cada edição dos JORIs e, mais, a cidade sede.

No JAI a maioria das partidas da fase classificatória se dá entre equipes díspares, com grande diferença de qualidade mas isso pouco ou nada importa, os atletas apenas querem mostrar o seu jogo pois, afinal, somos campeões ou vice-campeões de um JORI.

Neste momento não vamos entrar no mérito das regras, grotesca adaptação das regras do voleibol tradicional, indoor, parecendo existir leniência, ou preguiça, para que alguém escreva umas vinte páginas específicas para o nosso esporte. Acredito que grande número de idosos atletas e professores de Educação Física se prestariam a tal mister, desde que consultados fossem.

Urge a necessidade de que os organizadores e mantenedores dos JORIs e JAI deixem de se enclausurar numa redoma como detentores do saber pois, em nosso entendimento, os NOSSOS jogos deveriam ser organizados POR NÓS e PARA NÓS.

Simples assim.

Saudações

JOGOS ABERTOS DO IDOSO

Nos últimos anos a equipe masculina Coordenadoria De Esportes E Lazer de São Pedro era a equipe a ser batida e a equipe de Lençóis Paulista era a grande adversária, NUNCA INIMIGA.


Neste JAI a vencedora foi Lençóis Paulista e a partida, como em anos anteriores, foi um "jogão de bola" (13X15, 16X14 e 16X14), mostrando que quando o trabalho é sério, de técnicos e atletas, os idosos proporcionam excelentes espetáculos e conhecendo bem os atletas de ambas as equipes o clima de cordialidade e respeito reinou, antes, durante e depois da partida.



Por anos eu e minha esposa vivenciamos o trabalho de São Pedro, como atletas treinados pelo Claudinei Arruda e, depois, como treineiros do time feminino e sei o respeito que existe por lá e um dia todos perdemos.



Na figura do Hélcio (São Pedro) e do Fernando (Lençois Paulista) quero parabenizar a todos aqueles que estiveram em quadra, realizando mais um grande espetáculo.


PARABÉNS A TODOS e que os vossos exemplos se multipliquem.

saudações